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Vacinação Febre Amarela

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Posto de Saúde Aeroporto Salgado Filho

Nesta sexta-feira fui ao Posto de Saúde do Aeroporto Salgado Filho para fazer a vacina da febre amarela.

O horário de funcionamento do posto para vacinação é das 8h30min às 12h30min. No entanto se verifica que os funcionários da ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária – não estão preparados para atender grandes públicos.

Embora eu tenha chegado logo após o horário de abertura, tendo pouco mais de cinqüenta pessoas na minha frente, o atendimento somente ocorreu por volta das 13h, tudo por conta de diversos contratempos, decorrentes do pouco preparo dos servidores para atendimento a grandes públicos. O que rendeu, inclusive, um pequeno tumulto decorrente da confusão dos servidores que, não tendo senhas em número superior a 50, redistribuíram os números mais baixos, o que fez com que alguns oportunistas tenham pretendido ser atendidos antes dos demais.

Além disso um dos atendentes fazia questão de atribuir o zelo dos contribuintes a uma “histeria”, referindo que não havia motivos para uma corrida às vacinas, tendo em conta que ainda não foi identificado verdadeiro surtou ou epidemia da doença. Opinião bastante particular sua e desrespeitosa, uma vez que normalmente as epidemias são precedidas por pequenas ocorrências e as pessoas apenas vão se dar conta da necessidade de vacinação quando já se encontram esgotados os estoques de vacina.

Uma dica para quem pretende se vacinar é solicitar logo o atestado internacional de vacinação, o que oportuniza ao futuro viajante internacional o reconhecimento de sua vacina no exterior (há países que exigem este atestado para admitir o ingresso, principalmente em se cuidando de países onde há surto, o que poderá ser o caso do Brasil, em breve). O atestado internacional somente é oferecido nos aeroportos, onde é possível trocar o atestado nacional, se a pessoa já for vacinada.

Em Porto Alegre os Postos de Saúde, além do localizado no prédio do estacionamento do Aeroporto Salgado Filho, são os seguintes:

  • CS Modelo. R. Jerônimo de Ornelas, 55. Fone 3119.1502
  • CS IAPI. R. Três de Abril, 90. Fone 3341.6333
  • CS Tristeza. Av. Wenceslau Escobar, 2244. Fone 3368.8703

Na página da ANVISA é possível conferir todos os postos de vacinação do Brasil em portos, aeroportos e fronteira.

24 COMENTÁRIOS

  1. Sou uma simples cidadã ,não sou histérica e nem hipocondríaca,mas os fatos estão aí,a febre amarela vem aos poucos deliniando o estado do RS e não é de hoje, e POA entrou na área de risco,segundo noticiário da semana passada.As vacinas foram ditribuídas aos postos para que possamos nos imunizar,não é mesmo?Se não houvesse necessidade real não haveria orientação para irmos até os postos para fazer a vacina e nem mesmo os postos seriam abastecidos com vacinas suficiente para atender a demanda…então não é ficcção tão pouco:ha deu vontade de me vacinar!!!adoro uma vacina!!!ou coisa parecida.
    Ainda não fiz,mas com certeza irei fazer,e não vejo como fato negativo procurar um posto de saúde e me assegurar de que de febre amarela não morrerei,Como diz minha vó ¨seguro morreu de velho¨e ela já tem 92 aninhos.

    Abraço!

  2. Pessoal, pelo jeito esta tal de Crisbull é, na verdade, um Pitt Bull disfarçado…..só quer polemizar e brigar….tá ligado mano ? ou é mana ? Relaxem e vão se vacinar contra a raiva também….

  3. Caro Crisbull, se a decisão individual afetasse apenas a saúde de cada um, tudo bem. Mas ela pode prejudicar alguém que realmente precisa se deslocar para uma área de risco (mata fechada)

  4. Já temos vítima fatal da histeria: http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u368544.shtml

    A enfermeira Marizete Borges de Abreu, 43, que estava internada desde sábado (26) na cidade de São Paulo com suspeita de febre amarela vacinal morreu na manhã desta quinta-feira, vítima de falência múltipla dos órgãos.

    Ela era enfermeira-chefe da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital de São Mateus, onde ficou internada, e havia sido vacinada no dia 17, em uma unidade básica de saúde também na zona leste.

    Abreu tinha ao menos três contra-indicações para a vacina: era portadora de lúpus –uma doença auto-imune–, usava corticóide continuadamente e não pretendia viajar para áreas de risco, mostra reportagem publicada na edição desta quinta da Folha de S.Paulo

    (…)

    Ao todo, já são 43 os casos de reações adversas à vacina contra a febre amarela no país. O número é muito maior do que os registros da doença confirmados pelo Ministério da Saúde -19 casos desde dezembro, com dez mortes.

  5. Lorena,

    Não sei se há ou haverá epidemia, endemia ou o que seja.
    A minha preocupação na verdade é que apenas se identifica uma epidemia quando há, sei lá, 100, 200, 800, 1000, 100.000 doentes ou mortos.
    Assim não quero ser boi de piranha e nem acho que meus leitores devam sê-lo (até porque tenho poucos, mas qualificados).
    Portanto estou já vacinado e continuo recomendando que, viajando ou não para áreas de risco vacinem-se!!

  6. Botando lenha na fogueira http://arruda.rits.org.br/oeco/servlet/newstorm.ns.presentation.NavigationServlet?publicationCode=6&pageCode=67&textCode=25792&date=currentDate&contentType=html
    Lá, contam que a febre amarela elevou também a morte de macacos de várias espécies. Só em Minas há registro de 30 mortos. E no final as áreas de risco para a ocorrência de febre amarela são as regiões Norte e Centro-Oeste, Maranhão e Minas Gerais, além do sul do Piauí, oeste e sul da Bahia, norte do Espírito Santo, noroeste de São Paulo e o oeste dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
    Danou-se (um pouco) meu argumento pra vacina do Jorge. Mas tá meio histérico, ainda acho.

  7. É claro e evidente que é relação de consumo. Se estou pleno para tomar uma vacina ou precisar de um médico pelo SUS, vou deixar isso, porque o ministro disse pra não esquentar a cabeça.. Se liga! Mais que direito meu, também é um ato de responsabilidade com minha saúde.

  8. Não retiro minha conclusão sobre o fato. Com Epidemia ou não, tenho que lutar pelo direito da vacinação, afinal, pago por isso. Lorena confundiu demais as coisas. Não estou em busca de algo inexistente e sim de algo que tenho direito.

  9. A minha maior preocupação é que uma epidemia somente será identificada quando um número determinado de pessoas morra, tendo em vista que em certas condições a febre amarela é 100% letal (ou será que há outra forma de se identificar uma epidemia?).
    Neste caso eu prefiro não ser uma das vítimas antes de que o governo assuma uma eventual epidemia e venha a recomendar a vacinação massiva…

  10. Eu sei que sou a poliana amarela (rsrsr), mas ainda acho que não é bem assim não, como Crisbull falou.
    Se for pra tomar quando quiser, que tal a do Ebola, aquela doença da Africa? Não é assim: “me dá que eu quero!”
    É como a questão dos remédios fora da lista do SUS e o desastre economico nos projetos (sic) dos Governos estaduais e federal, é mais complicado que isso.
    Tem que se observar o que é possível e o que é razoável.

  11. não concordo. é direito a ter saude publica adequada, um sistema eficiente, sem desperdicios ou falhas.
    Nessa questão de saude pública, não se pode dizer que todos devem se vacinados contra a febre amarela num pais onde não tem febre amarela urbana. é questão de racionalizar os custos.
    O servidor pode ter dito menosprezando o medo da população, e não deve ser muito legal ouvir q todos estão histéricos num posto de saúde….
    Mas qdo ele diz q é histeria, eu acredito q ele quer dizer às pessoas que o medo é irracional e sem base.
    Se continua assim, pessoas que moram em grandes centros urbanos que nunca vão a um sitio vão tomar as vacinas q pesquisadores, agricolas e inclusive turistas que efetivamente vão entrar nas regiões endemicas e realmente de risco.

  12. Patrick e Lorena,

    Histeria ou não é um direito do cidadão se vacinar. Tanto mais em um sistema de saúde precário como o nosso, cuja CPMF que deveria lhe ser destinada foi desviada a mais não poder e agora que extinta lembram-se nossos governantes de sua finalidade original.
    No caso que eu descrevi as pessoas que estavam se vacinando pretendiam se deslocar por áreas de risco, sendo que para quem eu vi especificamente o servidor falando sobre a “histeria” era uma servidora da Secretaria de Saúde, que foi orientada pelos seus superiores a se vacinar para atuar no interior do Estado.
    É diferente que vocês ou eu achemos que esta busca de vacinação seja histeria, ou que um servidor, cuja função é atender ao público, o faça, não concordam?

  13. Também acho que é um tanto de histeria. Desde 1942 não tem febre amarela urbana. Claro que vivemos, isso sim, um endemia de dengue e por ser o mesmo vetor (o mosquito aedes) as pessoas podem juntar uma coisa com outra e criar o pandemonio q se ve.
    até antes dessas pessoas andarem mata a dentro sem qualquer vacinação todos os casos registrados, em mais de 60 anos, são de pessoas não vacinadas que contraíram a doença ao entrar nas matas, segundo a governo do meu estado.
    O RS não é area sequer de risco… de toda forma, se as pessoas aproveitarem pra por a vacinação em dia, alguma coisa boa já teve. a agencia brasil traz reportagem que atemoriza : Vacinação contra febre amarela trouxe à tona realidade da desiformação
    http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2008/01/12/materia.2008-01-12.2168500680/view
    – eu tomei minha vacina há dois anos. ai vem a perguntinha final: – Doeu? rsrs

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