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O pai de uma teoria pode matá-la?

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Nos últimos dias está circulando na web a notícia de que Leon Eisenberg, que teria descoberto o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade, concedera, alguns meses antes de sua morte, uma entrevista asseverando que a doença seria uma mera ficção e, por conseguinte, teria criado um mercado artificial para a droga prescrita para o seu tratamento, a Ritalina.

Pessoalmente não tenho nenhuma simpatia pelo diagnóstico indiscriminado da TDAH e, principalmente, pela prescrição da Ritalina, em especial diante dos graves efeitos colaterais que são anunciados.

O que eu sei é que me criei em uma época pré-Ritalina e, embora eu mesmo fosse uma criança concentrada, tinha muitos amigos e colegas que seriam, certamente, diagnosticados como TDAH. No entanto estas crianças todas cresceram e muitas delas hoje em dia são respeitáveis profissionais de suas especialidades.

No entanto o fato de o Sr. Leon Eisenberg ter, próximo ao leito de morte, renegado a sua descoberta não me parece ser suficiente para que se rejeite tudo o que se escreveu e leu sobre o tema. Serviria, no máximo, para reabrir os estudos, oportunizando-se aos cientistas e demais profissionais que, muito apressadamente aderiram à tese, no mínimo revisar os seus conceitos.

Recentemente tivemos, no ramo do Direito, uma tentativa de rejeitar a aplicação de uma tese (no caso do julgamento do fato, a Teoria do Domínio do Fato) com fundamento (que se mostrou depois um tanto forçado) na declaração de um dos principais estudiosos do tema, Claus Roxin.

Quem pensa o contrário poderia chegar ao exagero de entender que, Einstein poderia reconsiderar a sua Teoria da Relatividade ou Newton revogar as suas leis…

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