Aquela expressão popular que diz “… uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa é extremamente verdadeira. Exceto, claro, quando se quer, de qualquer maneira, desmoralizar alguém. A vítima do momento é o Ministro do Supremo, Joaquim Barbosa.
Bem verdade que ele não é nenhuma simpatia. Recebe partes e advogados muito mal e mesmo entre seus colegas tem um comportamento agressivo. No entanto isso não lhe tira os direitos de todo o trabalhador de, em caso de doença, se afastar em licença médica.
Diz-se que ele tem problemas graves de coluna que o impedem de acompanhar sentado, por muito tempo, às sessões do Supremo. Por isso ele estaria no gozo de licença médica. É bem provável que por conta deste afastamento um número considerável de processos esteja paralisado sendo, por certo, recomendável que se encontrem meios de evitar esta demora na tramitação.
No entanto daí a se partir ao ataque pessoal ou a se utilizar de paparazzi para tentar demonstrar a ilicitude da licença já se vai muito longe. Ao que consta a moléstia do ministro diz respeito à impossibilidade de ficar longo tempo sentado. Problema do qual boa parte dos magistrados sofre, assim como muitos outros profissionais do direito ou que prestam serviços em escritórios. Isso, contudo, não inviabiliza o convívio social. Ou seja pelo fato de estar fruindo de licença saúde o ministro não está condenado à reclusão.
Deixemo pois de hipocrisia. Procuremos uma solução para a tramitação dos processos afetos ao ministro Joaquim sem, contudo, que isso implique no linchamento pessoal do magistrado. Aliás ultimamente no Brasil tudo está correndo à base de novas leis, até o trato dos pais com seus filhos, porque não se encaminhar um projeto de lei que termine com esta celeuma?
A pergunta que não cala: juiz exara penas com a bunda?
o “copo” que descontari é mais leve que a pena que pune……………arrrrrrrrrreeeeeeeeeeeeee
vcs são maldosos………ele está bebendo em pé……..não pode sentar por problemas na coluna………existe coerência……………..kkkkkkkkkkkk
[…] Jorge Alberto Araújo, a quem considero um amigo conquistado nessa labuta virtual, intitulado “O Ministro, a licença e o bar…” – o artigo fala sobre a celeuma criada em torno do fato de que o Ministro do Supremo (STF) […]
Caro amigo, hipocrisia é algo que não cabe nessa situação. A coisa é muito pior. A tentativa de desmoralizar o ministro passa pela esperança de afastá-lo do STF o mais rápido possível. Afinal de contas, é ele o ministro que chamou Dirceu de chefe de quadrilha e definiu o ministro – baseando-se nas provas do processo – como principal acusado no caso do mensalão.
Todos sabemos que, se Dilma vencer, será José Dirceu quem assumirá as rédeas do governo (ele hoje já manda em todos os aspectos da campanha de Dilma). Logo, ter um ministro competente, independente e que não aceitou “acochambrar” o caso do Mensalão (como foi feito com o caso Collor) é um perigo para os planos de poder desse pessoal.
Logo, hipocrisia é o que menos há no caso…
Um abraço.
@Arthurius Maximus,
Excelentes observações. Algumas delas não haviam me ocorrido, confesso.
Não meu caro, infelizmente acho que não é bem por ai. Ele é funcionário público e afastou-se por motivos de doença que o impedem de trabalhar. Quem pode divertir-se pode trabalhar. Não existe emprego no mundo privado que tolere esta atitude dele. Com o dinheiro público isto fica muito pior.
Ir a bar sem dúvidas irá atrasar a recuperação dele. Pode muito bem pedir as contas e ir para a iniciativa privada como autonomo e trabalhar apenas nas horas que julgar melhor. Com o salário público não é aceitável.
Fico pensando isto na iniciativa privada onde muitos trabalham em escritório e não tem esta facilidade dele. Será que ele está recebendo pelo INSS como todo cidadão?
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