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O Brasil, a Espanha e o Princípio da Reciprocidade

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No Bom Dia Brasil de ontem (12/03), da Rede Globo, o jornalista Alexandre Garcia ironizou a adoção do “princípio da reciprocidade” pelo Brasil contra a Espanha, mas não contra a Inglaterra, destacando que este último país em 2007 barrou a entrada de mais de 5.000 brasileiros, contra um número bastante inferior extraditado até então pelo país ibérico.

O motivo deste tratamento desigual seria, conforme o jornalista, talvez, o fato de que fora o rei espanhol, e não a rainha inglesa, que teria mandado que se calasse o aprendiz de ditador venezuelano Chávez.

Esqueceu, contudo, o jornalista que, quiçá até pela falta de novidades na pauta internacional, é a imprensa brasileira, justamente a sua Rede Globo, que tem dado destaque desmedido à deportação de brasileiros pelo país de Cervantes ao mesmo tempo que exige, quase conclama, o país à retaliação.

Francamente não tenho condições de avaliar o quanto a adoção de critérios mais rígidos para o ingresso de estrangeiros no Brasil possa influir no tráfego de turistas. Todavia sob o ponto-de-vista da diplomacia internacional me parece necessário que o país dê uma resposta, ao menos aos seus nacionais, que demonstre um pouco de dignidade e não mais subserviência, em relação aos países desenvolvidos, quer à Inglaterra.

Se há brasileiros ainda saindo do país para trabalhar na indústria do sexo é porque os países destinatários possuem um mercado para isso. Enquanto isso os estrangeiros que para cá vem para praticar “turismo sexual”, em especial com crianças e adolescentes, são tão ou mais indesejáveis, principalmente porque, enquanto a prostituição pura e simples não é considerada crime, pedofilia e lenocínio são.

 

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