
Image by bootload via Flickr
Diálogo com uma colega no intervalo da aula sobre Inovação jurisdicional (eu havia referido que possuía um blog durante a aula).
– Quer dizer que tens um blog?
– Sim, já acessaste?
– Não, não acesso blogs.
– Como assim? Por quê?
– Não acesso. Tu colocas teus dados pessoais no blog?
– Alguma coisa, por exemplo, o blog tem um autor, eu, os artigos são assinados por mim. Coloquei que estou fazendo o curso. Mas por que não acessas blogs?
– Quando tenho que pesquisar um assunto eu entro em páginas, não em blogs.
– Por que não em blogs?
– Porque entro em páginas específicas, nada contra, apenas não entro.
– Mas como você sabe que são blogs? Tipo nos resultados da pesquisa do Google, dá uma lista de resultados acerca da matéria em que estás buscando e você olha e diz, “bem nessa eu não vou entrar porque é blog“.
– Não, eu não entro muito na Internet, e quando entro são para pesquisas específicas, por exemplo assuntos e fotos de mergulho.
– Sim, mas se você encontra uma página interessante em um blog sobre mergulho você não acessa?
– Não entro. Entro em páginas certas que já conheço, por exemplo Tal ou Qual, quando quero ver imagens de mergulho vou na página do Fulano que é um excelente fotógrafo de mergulho.
– Você não visita o Flickr?
– Não! Apenas a página do Fulano.
– Então te sugiro que procures por fotos de mergulho no Flickr, é um site ótimo de fotografias profissionais.
– Não. Eu só entro no site do Fulano.
De repente eu aceito o apelido de Steve Jobs do Judiciário…
Quando a arrogância é mais importante do que a notícia…
Tudo bem que no Brasil quando se fala em escândalo, corrupção, as cifras vão lá para a casa dos milhões. Mas um caso passou em branco a grande mídia na semana passada: o banner de R$ 48.000,00 mensais pagos pelo Senado a um site com ligação di…
[…] como a que eu descrevi no final-de-semana passado de uma colega que, simplesmente, resolvera se alhear do conteúdo dos blogs (embora sequer tendo claro o que se considera um […]
Parabéns pelo post e pelo blog
Abraços
Eu também não acesso blogs.
Aliás, quando quero ler alguma matéria interessante na área de direito, costumo acessar o seu site, Jorge.
ou então:
“Não é um dossiê, é um banco de dados!”
Da mesma forma, que a criatura citada, concerteza acessa blogs, mesmo porque, duvido que se ela conhecesse o seu “site”, ela diria que isso não é um blog. Da próxima vez, pede pra ela acessar seu site!
Dani, eu passava pela mesma situação na escola.
Para mim, esse tipo de atitude é uma das coisas mais absurdas que existe.
Sempre fico chocada quando me deparo com pessoas que simplesmente não conseguem quebrar paradigmas desse tipo, quando a pessoa, por algum motivo que ela mesma não consegue argumentos para justificar, decide que simplesmente NÃO FAZ ou NÃO GOSTA de alguma coisa.
Quando me deparo com essas pessoas, costumo me lembrar de colegas do colégio que vinham me pedir ajuda nas aulas de matemática, as pessoas simplesmente chegavam para mim e diziam “Não sei fazer isso, me ensina?”, “Claro, mas o que vc não sabe?”, “não sei nada”. Mas na verdade, quando eu começava a perguntar passo a passo para a pessoa os procedimentos que ela seguiria, ela sempre respondia corretamente.
Moral da história: Algumas pessoas simplesmente não conseguem superar os limites que colocaram para si mesmas, mas só Deus sabe porque.
Caro doutor.
Eu, sou um dos que me informo diariamente pelos blogs. Particularmente, tenho um, já que gosto de política, direito e é uma forma de “falar” aos amigos a visão que tenho do mundo, mostrando matérias interessantes, entretenimentos etc e as fontes de minhas informações. Estou lincando no meu blog o seu, já que é muito acessado por advogados trabalhistas, meus colegas.
Fico muito feliz em acessar seu blog. É inteligente e de interesse de nós que militamos na justiça.
Uma crítica: é muito difícil comentar os seus artigos no próprio blog.
Quanto ao post sobre “juizes esquisitos”, tem um da vara cível aqui de minha cidade que exige que os advogados só façam audiencia de beca e justifica dizendo que “em campo, o time só entra uniformizado”. Em nossos dias, isto é esquisito. Imagina a correria do advogado desavisado indo a oab alugar uma beca…..
abraço, http://www.joaozinhosantana.blogspot.com
Heh… Isso me fez lembrar de um dos “personagens auxiliares” do quadrinista Laerte. Ele é o “eu-não-falo-com-síndicos”. Adorado por todo o condomínio. Mas quando questionado o porquê não fala com síndicos… Bem, seria mais ou menos como esse proseio que você teve… 😀
[…] post Não acesso blogs, no blog Direito e Trabalho, escrito pelo Dr. Jorge Araújo, dá um exemplo de como o preconceito […]
Caro Stev… Jorge.
Para uma situação destas, só posso citar o ilustre gênio filosófico e guru de sociologia, Sérgio Mallandro:
“Rá!”
Imaginemos que um processo envolvendo blogs e seu bloqueio caia nas mãos de sua colega.
Pensando bem: não. Não imaginemos.
‘braços
Celso Bessa
Pra quê internet então?
Eu APOSTO que a “página do fulano” é um blog e ele nem sabe.
Pode parecer absurdo, mas tem muita gente que trata Internet como um bicho-que-morde.
Minha mãe mexe com computador tem pelo menos dez anos. Ontem reinstalei o PC dela, o HD havia morrido. TUdo pronto, veio reclamar que eu não havia instalado o Office.
“Instalei, está lá”
“Não está, cadê o ícone na tela?”
“Não está no desktop, você clicou no meu iniciar?”
“Ah…”
Dez anos de micro e não sabe usar o menu iniciar. Nunca se interessou, nunca quis usar além do mínimo. Há muita gente igual por aí.