Ninguém pode negar que Frei Galvão é o santo mais genuinamente brasileiro que se poderia arranjar. A iniciar pelo impronuciável “ão” de seu sobrenome para os estrangeiros de qualquer idioma.
Ademais era um improvisador. Tanto que, na falta de remédios para os males dos seus paroquianos criou a “pílula mágica”. Um pedacinho de papel enrolado apto a lhes curar todas as moléstias, do corpo e da alma.
Foi, pois, um bom utilizador do famoso “jeitinho brasileiro” que, nem sempre se traduz por velhacaria, mas também como uma forma positiva de superação de problemas e limitações.
E parece que São Frei Galvão se consagra, também, fazendo outro milagre, nos livrando do mal da abstinência ao trabalho.
Embora eu tenha uma opinião particular acerca das desvantagens (ou vantagens) do propalado excesso de feriados que nosso país teria, Frei Galvão elegantemente postergou a discussão da lei, prejudicando o feriado antes planejado para o dia de sua canonização, não permitindo que o seu agora santo nome ingresse no mar de lama que cerca este tipo de controvérsia.
“Frei Galvão elegantemente postergou a discussão da lei”, hehehehe, essa foi boa.
Abraços