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Eu gosto de ganhar meias…

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MeiasÉ época de Natal. E isso lembra festas, despedidas no trabalho, presentes e… amigo secreto.

Dia destes estava ouvindo na rádio alguns comentários sobre presentes que se devem e que não se devem dar de amigo secreto. Estava definitivamente prescrito o “vale”. No entanto na própria reportagem se fazia um equívoco indevido entre vales e “vales”.

Por exemplo não há presente mais sem graça do que um vale um CD de R$ 15,90. Isso significa que o seu “amigo oculto” (no Rio Grande do Sul chamamos “amigo secreto”) achava que você não valia mais do que este valor e você que se virasse para encontrar um CD que ali coubesse ou, pior, que complementasse o valor para comprar um que prestasse.

Agora se a “brincadeira” já fixou um preço então o vale no exato valor fixado revela uma extrema burocracia. Fico imaginando como é que funciona em uma cidade das dimensões de São Paulo se um indivíduo resolve dar um presente de uma loja que só tem no shopping lá da zona dele. Aí o infeliz do presenteado tem que pegar um ônibus ou carro, pagar o estacionamento do shopping, etc. apenas para trocar o vale-presente?

Ou seja se o valor é R$ 30,00 e o vale que se pretende dar é de exatos R$ 30,00, talvez seja melhor dar na forma do melhor vale existente, aquele que pode ser utilizado em qualquer lugar: o dinheiro.

Agora é bastante diferente um “vale” de algo que não é genérico, mas que significa um verdadeiro presente, como, por exemplo, um vale-massagem, ou um tratamento de pele. É um vale porque eu não posso ir lá fazer o tratamento de pele na pessoa na hora, ao contrário do CD, que eu poderia ter escolhido um que eu achasse bacana.

Eu pessoalmente sou bastante crítico com presentes e, via de regra, quando ganho algo de que não gosto, fico preferindo não ter ganho nada. No entanto tem gente que tem a estranha mania de dar presentes apenas para incomodar.

Um dia se fez uma lista para que se indicassem os presentes. Na época estava interessado em música clásica e então indiquei CDs de Mozart ou Bethoven, ganhei Dworak. Em outra oportunidade fiz uma lista de desejos em um site de vendas on line, ganhei um livro que não estava ali.

Ultimamente tenho gostado de meias. Não qualquer meia. Meias de algodão, ou preponderantemente de algodão, com algum detalhe. Pode ser uma barra colorida bem em cima, para não dar na vista, ou um xadrez discreto. Pretas e azuis para ocasiões mais sociais, cáqui ou bege para serem usadas com jeans ou com calças de sarja.

Não são caras e dá para encaixar facilmente em qualquer proposta de orçamento. E ao contrário das gravatas, meias podem ser usadas de forma discreta e, mesmo se não forem as mais bonitas, não são descartadas, podendo ser usadas, nem que seja em caso de as favoritas estarem indisponíveis.

Aliás dar (ou ganhar) gravatas é um grande mico. Principalmente porque quem resolve presenteá-las  via de regra não se atém a um tema, como cor ou padrão, e opta por coloridas e escandalosas, difíceis de combinar com as roupas já existentes.

Portanto meias, gravatas não!

Em todo caso, com meias ou gravatas, um Feliz Natal a todos os meus leitores e que os presentes sejam todos do seu agrado ou, pelo menos, venham com o cartão para a troca!

3 COMENTÁRIOS

  1. Rapaz… já ganhei vale-cd que tive que ir em outra CIDADE trocar…

    o ultimo de amigo secreto que comprei (era um amigo secreto que não tinha sorteio, era meio diferente) eu comprei um bom fone de ouvido, que seria muito util no escritorio, e com a opção de trocar por outro produto da loja (que ficava ao lado do escritorio)

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