Em uma lista privativa de juízes uma colega denuncia que em uma cidade do Nordeste os cobradores de ônibus assaltados são obrigados a ressarcir a empresa pelos prejuízo. Muitos colegas se admiraram. Eu não.
Apesar de ser juiz há uma década ainda não perdi o costume de vez por outra ir ao Centro da cidade de ônibus ou lotação, conversar com os porteiros, atendentes de lojas, caixas de supermercados, assim, como quem não quer nada. E a cada vez ouço cada barbaridade, são tantas as lesões a direitos, inclusive fundamentais, que ocorrem cotidianamente e que não chegam até nós.
Não é à toa que afirmo sempre: se as pessoas resolvessem botar a boca no trombone e reivindicar os seus direitos, não deixar assim… não ía haver Judiciário que desse conta.
Juiz tem que deixar o carro em casa de vez em quando e se misturar aos populares sob pena de desconectar da realidade!
Assim quando a parte alegar uma situação destas já se vai estar um pouco melhor preparado para ouvir e acreditar.
[…] Como já li por aí, de vez em quanto há de se andar de ônibus… […]
Soente hoje descobri a página, muito boa e oportuna. Continua assim
Maria Aparecida.
Muito legal da sua parte em ser juiz e não empinar o nariz perante a sociedade. Quem dera fossem todos assim…
Grande abraço!
Excelente Jorge.
O que tem de gente que está precisando levar um choque de realidade nesse país é impressionante.