Em contraposição a ele foi criado o Forum Social Mundial, que foi sediado nas suas primeiras edições em Porto Alegre.
No entanto enquanto o Forum Social Mundial se deixou impregnar por brigas políticas, que resultaram no seu deslocamento para outras cidades do mundo, principalmente em virtude de a prefeitura da capital gaúcha ter sido conquistada por um partido de oposição ao PT, o PPS, o de Davos mantém a sua tradição que remonta 1971.
Neste ano o Forum Econômico inova a buscando atrair mais popularidade vai ser divulgado inclusive através da Internet, via YouTube. O FEC terá pelo menos dois canais no portal de vídeos, um exibindo vídeos com as discussões, entrevistas e outros acontecimentos havidos dos últimos dois anos e um outro aberto à participação do público que é convidado a responder a seguinte pergunta: “Qual a principal ação que você acha que os países, as companhias ou os indivíduos deveriam tomar para tornar o mundo um lugar melhor em 2008?”.
Enquanto isso o FSM faz um evento difuso em 2008 onde ocorrerão diversas ações em várias partes do mundo – ou seja nada em lugar algum.
Isso só faz aumentar a minha perplexidade diante das opções de mundos possíveis. Enquanto os ricos oferecem a participação democrática ao mundo, os socialistas, em virtude de rusgas políticas se fragmentam, fazendo um evento que não tem unidade. Não sei se fico com esperança nos ricos ou desencanto pelo resto.
No mapa acima os locais de realização de “ações” do Forum Social Mundial 2008.
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Dá uma lida em “Cercas e Janelas”, de Naomi Klein. Esquerda monolítica é coisa do tempo da União Soviética. Hoje cada um tem a sua liberdade de pensar diferente, sejam anarquistas, verdes, ativistas do “Resgatem as ruas” ou sociais-democratas. Cada um fazendo sua parte e trabalhando em conjunto quando as causas são comuns.