A partir do trabalho sério de grandes homens públicos como Sérgio Moro e Rodrigo Janot não posso deixar de lembrar de Geraldo Brindeiro como o seu mais perfeito oposto e, ao mesmo tempo, símbolo de todo um período da História do Brasil.
Brindeiro ocupou, no governo de Fernando Henrique Cardozo, o mesmo cargo que hoje ocupa Rodrigo Janot. No entanto, no lugar de desempenhar o seu mister profissional, iniciando o combate à corrupção no país, se permitiu um papel abjeto, apelidado, internacionalmente inclusive, de “engavetador geral do república” por preferir assegurar a “governabilidade da gestão FHC”.
Brindeiro não percebeu que, ao exercer o cargo de Procurador Geral da República, estava escrevendo a sua biografia e que isso, muito mais do que os pequenos prazeres que o exercício do poder lhes assegura momentaneamente, é o que dele restará no futuro.
Infelizmente Brindeiro, é muito mais do que Moro e Janot, o que representa os agentes públicos desta democracia jovem chamada Brasil.